Descoberta do Vidro pelos Fenícios.
Narrativas romanas e gregas descrevem os fenícios como descobridores do vidro. Quando voltavam do Egito para sua pátria, pararam nas margens do rio Belus (atual Israel) e pousaram as mochilas, que estavam cheias de natrão (carbonato de sódio natural, que usavam para tingir a lã). Acenderam o fogo com lenha e usaram os pedaços mais grossos de natrão para sustentar as panelas onde deveriam assar os animais caçados. Eles comeram, deitaram, adormeceram e deixaram o fogo aceso. Quando acordaram, em vez das pedras de natrão, encontraram blocos brilhantes e transparentes que pareciam enormes joias.
Um deles, o sábio Zelu, chefe da caravana, percebeu que sob os blocos de natrão a areia também havia desaparecido. O fogo foi reacendido e, à tarde, um rastro de um líquido vermelho e fumegante gotejou das cinzas. Antes que a areia brilhante se solidificasse, Zelu plastificou, com uma faca, aquele líquido e com ele formou uma bolha tão maravilhosa que arrancou gritos de espanto dos mercadores fenícios: O vidro estava descoberto.
Esta é uma das versões um tanto lendárias. Mas as notícias mais confiáveis indicam que o vidro surgiu há pelo menos 4.000 anos antes de Cristo.
Acredita-se, no entanto, que os egípcios começaram a soprar vidros em 1.400 aC, dedicando-se sobretudo à produção de pequenos objetos artísticos e decorativos, muitas vezes confundidos com belas joias.
No Egito antigo há diversos vestígios arqueológicos que mostram o domínio e uso do vidro pelos egípcios em período posterior.
A região onde era a Fenícia e o Egito foram invadidas pelos Romanos, bem como partes enormes da Europa, África e Ásia e não só difundiram o conhecimento do Vidro como tornaram Veneza referência na fabricação do material.
Século XIII um grande incêndio na cidade provocado por um dos fornos de vidro fez com que a produção fosse transferida para uma ilha próxima chamada Murano. Já naquela época, Murano já conhecia técnicas de misturar materiais ao vidro para que ele ganhasse cores.
No século XIII, durante a peste negra os rios da Europa estavam contaminados pela falta de higiene com a água e 30% da população europeia morreu.
Por não entenderem o que se passava, as pessoas pararam de consumir água e começaram a consumir cerveja e vinho.
Ainda nesse período se fez necessário a busca por um material mais transparente para que pudessem ver o que estava sendo consumido, iniciaram então os testes químicos com minerais que ajudaram a limpar o vidro.
A primeira fábrica de cristal, Ravenscroft, veio após a peregrinação de George Ravenscroft a Roma. No caminho para a cidade Santa, passou por Veneza, onde conheceu os métodos utilizados em Murano e também aprendeu que o Oxido de Chumbo reagia com o Oxido de ferro presente na areia limpava o vidro.
Posteriormente o cristal se populariza com essa técnica e o rei da Franca, Louis XV, abre a primeira fábrica de cristal ainda em atividade no mundo, a Saint Louis, em 1586.